terça-feira, 8 de junho de 2010

Adolescência, vulnerabilidade e consequências.


A adolescência não possui uma definição precisa, clara, como temos noção da infância e idade adulta. Em algum ponto a imaturidade da infância e a maturidade da idade adulta estão os seis ou sete anos que chamamos adolescência.
Nessa fase, o adolescente apresenta:

•Contornos da autonomia.
•Processo doloroso em muitos aspectos, gratificante e alegre em outros.
•Período diferente dos outros períodos de desenvolvimento.
•Conserva aspectos infantis e já tem aspectos adultos.

O adolescente é extremamente vulnerável aos apelos provenientes do mundo das drogas em virtude das modificações pelas quais passa o seu mundo interno. A fase da adolescência é muito complexa, com ganhos e perdas importantes. A negação desse sofrimento é que se traduz em uma das graves patologias desse período da vida do ser humano. Essa negação, muitas vezes, conduz a comportamentos anti-sociais e autodestrutivos, encobridores de uma intensa angústia existencial.
Se a criança cresce em um ambiente familiar sem amor, sem limites, sem atenção, ela pode tornar-se um indivíduo sem estrutura emocional para enfrentar os mais diversos problemas de sua vida. Quando se torna um adolescente, essa mesma estrutura emocional frágil aliada às mudanças da adolescência são fatores de risco para que ele vá em busca de um escape. E, se ele relaciona-se com a droga, no próprio ambiente familiar ou social, a progressão para desajustes sociais, que dentre outros pode ser a dependência de drogas, será apenas uma questão de tempo.

COMO AJUDAR OS FILHOS?

Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incentive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.

Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.

Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas freqüentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.
Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.

Liberdade: Mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.

Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.

Ocupação: Encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas.

Participação: Tome decisões em conjunto, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados.

Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos.

Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las.

Princípios: Evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.

Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.

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